

O "Gigante Vermelho" retorna à EACF depois de sua visita à Ushuaia.
Aproveitando as últimas horas na estação, faxinão no laboratório 1. Estava precisando ...
Uma das autoridades navais presentes à cerimônia de troca do Grupo Base, o primeiro chefe da EACF, em 1984, Capitão de Corveta Edison Martins. Edison não apenas chefiou o primeiro GB, como também participou de todo o estratagema por conta da escolha do local e implantação da estação brasileira de pesquisas.
Helena Lavrado (UFRJ), coordenadora da 5a e 6a fases do Projeto MABIREH, e Edson Rodrigues (UNITAU), que vem estudando crioprotetores metabólicos.
Uma foto histórica: os dois mergulhadores do Grupo Fênix (2008-2009, 100% de preto), um do Grupo Crios (2009-2010, de verde), um do Ary Rongel (2008-2009, de azul) e os postulantes a mergulhadores antárticos - Eduardo e Daniela (de vermelho). Da esquerda para a direita: Gimenez, Cachorrão, Daniela, Rogério, Cristino e Eduardo. Todos, mergulhadores a seco na 6a fase, afora Rogério e Cristino (conforme postagens de 12 e 13/03).
O biguá, ou mergulhão de olhos azuis, Phalacrocorax atriceps, nadando a pouca distância de Eduardo, depois de quase acertar-lhe a cabeça durante sua "aquarrizagem"
Um pequeno iceberg com muita história para contar. De qual canto da Baía do Almirantado terão sido deslocadas as rochas e o sedimento que ele carrega? Um dos indicadores de períodos de glaciação, conhecidos como Eventos de Heimlich, foram caracterizados pela enorme geração de icebergs - as ditas Armadas de Icebergs. Tais eventos são reconhecíveis pelo aumento na quantidade de sedimento terrígeno observado em testemunhos do leito submarino. Tal sedimento, como visto na foto, teria sido carreado de ambientes continentais por geleiras, que depois geraram os icebergs responsáveis por seu espalhamento no leito oceânico.
Outro dos encontros propiciados pela caminhada até Yellow Point foi com este pequeno agrupamento de pinguins antárticos.
Um dos poucos exemplos de bravura vegetal antártica - um belo líquen, aguardando que a neve do inverno o recubra até a próxima primavera ou verão.
Um musgo (?) contribuindo para a amarelidão de Yellow Point.
A caminhada que começou com 0o mais cinzento dos cenários, termina com uma nesga de dourado nas montanhas e geleiras, decorrente dos últimos raios de sol do dia, por volta das 19:30h.
Esponja coletada por César Cárdenas em Collins (Península Fildes, Ilha Rei George), em 05 mar 2009, a 20m de profundidade.
Erli só precisava de um pouquinho de sangue das skuas ... e pela imagem, parece que havia fila para a doação. Certo? Errado! A fila era para filar a isca da armadilha, sem colocar o pé no laço. Moral da história, dormimos na beira da praia enquanto Erli seguia tomando olé das gaivotas tostadas. No fechamento do balanço, disse Erli que foram 54 capturas em 4 dias, com apenas umas poucas hemorragias, segundo ela sanadas a tempo.
Uma das geleiras alvo de nossa caminhada - que espetáculo!! A baía é toda cercada por geleiras, e os trovões causados pelo aprofundamento de rachaduras e desprendimento de icebergs é praticamente constante. Inesquecível!
Eduardo e Daniela em frente às geleiras.
Pirâmide de Punta Ullman. O bote se encontra fundeado no ponto da primeira imersão do dia.
Capitão de Corveta Mergulhador Rogério pronto para a imersão. Essa foto foi tomada na véspera, em Punta Plaza, mas é ilustrativa do equipamento utilizado durante a imersão. A excessão fica por conta da plaqueta com sacos plásticos pendurada no colete, que em Punta Ullman foi substituida por um saco de pano com boca amarrável. Faltou uma bolsa de tela. Falha nossa ... é o costume. Depois de tanto tempo casando fotos com espécimes tombados, in situ, e individualmente, não atinei para a necessidade de retroceder um pouco no perfeccionismo a fim de otimizar o potencial de coleta.
Duas skuas em frente à EACF.
Dois pinguins antárticos em Punta Plaza.
Inaugurando nossos trajes Mustang Survival, que curiosamente só servem aos pesquisadores, pois o Grupo Base prefere os "sapões". Sairíamos de Big Krill, gentilmente cedido pelo Ary Rongel para apoiar as atividades de mergulho que se realizariam a partir da EACF.
Primeira parada: Refúgio 2. Por força das circunstâncias, a parada quase que ocorre em lâmina d'água de várias dezenas de metros. Lentamente, porém, o valente Big Krill inicia sua aproximação do refúgio, singrando entre icebergs de dimensões as mais variadas.
O inusitado da circunstância tem que ser registrado. Clique! Eduardo e Daniela no mar de gelo. Não houve no resto da estada outra tal agremiação gelada como a deste dia. Prenúncio de que o mar não estava para mergulho?
O Capitão de Corveta Rogério se vê forçado a abrir passagem para o Big Krill na marra. Porquê? Porque os pesquisadores usam Mustangs, e como tal, não podem saltar em lâmina d'água maior que 5-10cm, sob risco de inundar sua botas Caribou. Inicia-se assim a troca acelerada de calorias por "friorias", muito antes de iniciado o mergulho.
O chefe da EACF, Capitão de Fragata Macedo (GB), de sapão, presta apoio aos mergulhadores que se dedicam a encontrar uma nadadeira perdida e resolver o problema do vazamento de ar em uma das máscaras "full-face". Ao final, o frio já era considerável, o ar comprimido estava seriamente depletado, a lâmina d'água de 4-5m (decorrente da necesidade de amarrar os botes no rochedo) era muito distinta dos 15-20m almejados, e o mergulho foi abortado. Nos restavam agora dois cilindros de mergulho para buscar alguma esponja que fosse. A EACF não dispõe de compressor, o do Ary Rongel estava em Ushuaia, e o dos poloneses, de origem húngara, necessitava não apenas de manutenção, mas também de adaptadores para acoplamento dos cilindros da marinha brasileira.
A maré baixa propicia frequentemente o espetáculo do encalhe de blocos de gelo nas praias. A Baía do Almirantado está cercada de geleiras, e há grande quantidade de gelo flutuante nesta época do ano. A depender da direção do vento, os encalhes podem ser espetaculares, sendo impossível alcançar-se o mar sem pisar em gelo.
Uma Foca de Weddel (150cm), muito simpática, estirada no meio do caminho. Tivemos que trafegar no mar de gelos da foto anterior para evitar uma aproximação, que talvez pudesse ser julgada abusivamente íntima pelo "risole de bigode" aí da foto.
Dois pinguins antárticos, Pygoceles antartica, sobre um grande bloco de gelo encalhado na praia próxima à estação. O mais árduo destes encontros é resistir à dolorosa tentação de agarrar um bicho desses e amassá-lo como se fosse de pelúcia. Detalhe: os pesquisadores os capturam com redes similares àquelas que se usa para coleta de borboletas, de tão ágeis que são estas aves-peixe em ambiente terrestre.
Agora, um Pinguim de Adélia, Pygoceles adeliae. Consta que esta espécie é abundante próximo à base polonesa de Arctowsky, e que só muito raramente dá as caras próximo da EACF. Sorte de principiante, já em nossa primeira caminhada vimos as três espécies de pinguim da área. A terceira ainda será postada.