Arc"thanks" ki !!

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Thanks to Tomasz and Michal of Arctowski Polish Antarctic Station

22 e 23 de Março - a Saga do retorno

15 de Março - a redenção

2010/03/10

09-10 de Março - agora eu acredito!

09-10/03/2010 – Dias de grande expectativa! Dia 09, aproveitado para circular, e como! Começando pela devolução dos potes plásticos no INACH, onde não encontrei Carlos nem Emma, com os quais eu pretendia ensaiar um almoço ou jantar, o que não foi possível em Cuba, onde os encontrei pela última vez. (confiram postagens no BLOG para 01/09 e vocês verão que Emma esteve muito presente na expedição EsponjAS II – prometo logo inserir uma rotina de busca no Blog). Desta vez, ambos estavam embarcados, segundo Cesar, até fins do mês. Após o INACH, cumprir tarefas de pai e marido zelosos na Zona Franca, aproveitando ainda para dar um upgrade no guarda roupa de peças “dry fit”. De lá, toquei para o La Marmita para uma experiência enebriante: Lasagna de Ostiones, seguida de Estofado de Cordero, regados por cerveja artesanal Turbales – uma sequência digna de poemas de Neruda! Para digerir o discreto exagero, uma caminhada até o Hostal Karol para tentar encontrar Doña Mari, que não estava. Deixei uma bolsa de frutas pendurada na maçaneta da porta de entrada, e depois descobri que ela as encontrou, e que espera que nos encontremos quando de nosso retorno da Antártica. Já no caminho para o Hotel, passagem na farmácia para comprar alguns litros de álcool, já que não sabíamos ainda se haveria álcool suficiente na estação para nosso uso. Finalmente no Hotel, muito trabalho na internet e no artigo de Cliona. Fui dormir ainda na expectativa de que tínhamos que estar prontos às 07:00h para zarpar rumo ao aeroporto. Portanto, despertador para 05:30h. Triste ilusão. Por volta da ½ noite a mensagem foi trocada para “Prontos às 10:30h”, que ao longo do dia (10/03) virou “Prontos às 13:30h”. Mas o fato é que chegamos ao aeroporto, e após uma curiosamente larga espera pela autorização para descer do ônibus e montar a linha de transporte de bagagem até o Hércules (chamada de “formiguinha” pelo GB), levantamos voo por volta das 14:30h. YES!! Desta vez compartilhamos o voo com sete militares chilenos, um dos quais sentou-se justamente onde eu havia posto minha mochila (para reservar o lugar), na esperança de poder esticar as pernas. Disse ele que não havia mochila alguma quando sentou, e resolvi não discutir para evitar um possível incidente diplomático. Chegamos a Frei de forma tranqüila, o GB super emocionado, e o clima peculiar pouco a pouco tomando conta de cada fresta em nossas roupas, e forçando-nos a conferir todos os botões e amarras a nosso alcance. Depois da célebre faina das bagagens, caminhamos até a praia, distante uns 500 m de onde estávamos, e aí, praticamente congelamos. Os botes iam e vinham com carga, mas a noite também chagava a passos largos e junto à ela, um frio desesperador. Segundo Tia Alice a sensação térmica era de -9°C, mas o fato é que a sensação depende de seu estado de ânimo. Primeiro, parecia piada. -9°C? Que nada! Depois... já não importava o número, a sensação era simplesmente a de que se os botes parassem de ir e vir, não sairíamos daquela praia jamais. Nada de icebergs desta vez, porém quem aí chegasse no dia seguinte se depararia com uma coleção de “humanbergs” ou “humanice”. Com sorte ainda poderiam tirar algum proveito dos cérebros congelados. Mas, fomos resgatados a tempo de ainda conseguir subir com um mínimo de destreza a parede de escalada, gentilmente apelidada de “escada de boreste” pela tripulação do NPO Almirante Maximiano. Uma vez dentro do navio, lentamente recuperamos as habilidades, e logo atacávamos a excelente refeição preparada para nós, composta de Arroz à Grega, Purê de Batatas e Peito de Frango à Parmegiana, com direito a sorvete de chocolate do tipo “choc-chips” (acreditem!!) para sobremesa. Hora do Blog ...

Fiquei com ciumes. A British Antarctic Survey tem aviões próprios. Enquanto aguardávamos no aeroporrto de Punta Arenas a autorização para sair do ônibus, acompanhamos o pouso desta aeronave do programa antártico inglês.

Já na praia na Baía Maxwel (Ilha Rei George), carregando os botes com uma quantidade interminável de tralhas, envenenadas por mega caixotes com componentes para montagem de um radar na EACF, congelávamos.



Um bando de Skuas a nosso redor. Esta chegou a menos de 2 m de distância e pediu para ser filmada também.



Esse pinguim parecia atraido por multidões. Só faltou vasculhar as bolsas em busca de sardinhas! Foi fotografado umas 10000 vexes por cerca de 20 câmeras. Na foto, com Welington "Aninjalhado" em composição. Pouco depois o bicho seria "capturado" e fotografado como animal de pelúcia, passando de colo em colo. Finda a seção, saiu revoltado e eswueceu-se de cobrar o cachê.

A última etapa de nossa estratégia anti-congelamento envolveu deglutir o jantar maravilhoso. Até mesmo as palavras tiveram que ceder espaço à recuperação dos sentidos vitais.

2 comentários:

  1. Hooo, Deus existe heim, aleluia vcs pisaram na ilha, pelas fotos vejo que, quando o inverno deveria ensaiar sua chegada, não há gelo. Eduardo vc nao precisava comprar álcool, deixamos bastante alcool, tem no navio e na estação. Boa sorte pra vcs ai

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  2. O fato é que quem não ensaiou lá muita chegada foi o verão, pois sequer os lagos da EACF descongelaram. O álcool foi para prevenir. Não tínhamos certeza, e não tínhamos tempo para conferir. Melhor comprar então.

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Estações de Mergulho 2008-2009

Estações de Mergulho 2008-2009
adaptado de SIMÕES JC, ARIGONY NETO J & BREMER UF (no prelo)